CONFEDERAÇÃO INTER - AMERICANA DE PROFISSIONAIS DE DANÇA
CONSELHO MUNDIAL DE PROFISSIONAIS DE DANÇA

 

www.laciad.info                                                                                (toda a informação sobre os 175 concursos anuais da nossa rede)

A um concurso da Confederação Inter-Americana de Dança e Conselho Mundial de Profissionais de Dança (CIAD), não tem que ir com a idéia de competir um contra o outro, tem que assistir com o desejo de aprender e crescer na dança, tendo sempre em conta que esta ultima, é compartir, tirar do mais profundo o melhor e entregar-se , sem limites, sem preconceitos e sobretudo sem maldade, limpo de qualquer ameaça humana, já que pretendemos ser seres humanos melhores, na vida e na dança.

Não é uma competição, é uma evaluação para apreciar o nível em que nos encontramos, e com a orientação dos juízes, melhorar. A qualificação em um premio simbólico, não deve ser a meta a perseguir.

Não se evaluará por pontos exatos, já que a arte não é ciência, é um conjunto de elementos em equilíbrio um com o outro e que em perfeita amônia cria o fato artístico. Isto quer dizer, que por algum elemento isolado, como um detalhe técnico que não complete o padrão internacional seja taxativo para sua desqualificação, na educação pela dança, a arte deverá prevalecer sobre todas as coisas.

Nem um ponto que confirme o “fato artístico” nem o outro, cada qual tem o seu valor por separado, mais em conjunto eles equilibram-se e convivem, crescendo e transformando-se, na maioria das vezes um supri a falência do outro, sempre e quando o “ Mestre ” ou “ Criador ” saiba acomodar sua peça essencial que da eixo ao movimento principal de sua obra ou o próprio artista com seu instinto e percepção.

O jurado deverá saber captar, com uma mesma base que de estrutura o seu critério, a quem vai dirigida a obra, quem a recebe, no qual o faz de diferentes maneiras, de acordo a sua sensibilidade, cultura geral e erudição ou simplesmente o grau de comunicação do momento que se há gerado entre o artista e o observador.

Em um concurso, onde se confrontam com obras artísticas, não deve seguir regras nem conceitos, nem pontos especiais de evaluação, sem telas em conta, em especial em obras de repertório ou folclóricas, alcançando a sensibilidade suficiente para consubstanciar-se com “ tudo” do artista, é o dever do juiz, para que o mais importante da arte, sua essência verdadeira, corpo e espírito se conjuguem na interpretação.

Agora bem, tratando-se de concursos de crianças e jovens em formação, as pautas que localizam ao evaluado em um contexto, elas ficam totalmente desarticuladas no gênero artístico, quando conseguem penetrar no observador de forma total e invisível, cujas normas e regras desaparecem, resultando na “magia”, que (humana, conjunção), se completa de forma plena e coletiva.

Ao ser concursos educativos e não competitivos, sim há prêmios compartidos, ou seja, se existe duas crianças com a mesma nota compartem o prêmio. Por exemplo, se existe um só participante em um teatro totalmente vazio, não implica que leve o primeiro lugar, já que a evaluação é por qualificação, e o resultado dependerá da mesma.

Tampouco se outorgam prêmios em dinheiro, já que isso estimula a competitividade, o ódio e o rancor, em caminho ao material da proposta. As crianças sempre devem ter em sua visão de concursar, o anelo de sempre melhorar, e nunca o estímulo deve ser um premio material, onde o tamanho do troféu, da medalha e muito menos o dinheiro sejam seu objetivo.

A Confederação sabe quem são os talentos, a quem deve estimular e projetar-los na sua vida profissional, e estará presente, quando precisarem.

Os concursos nacionais e internacionais não são o objetivo prioritário da CIAD, são os elementos mais importantes de convocatória e unidade, que a partir do intercambio que em eles inicia-se, surgem redes de trabalho e projetos em conjunto, criando-se uma gigantesca rede que eleva o nível da profissão.

Quando a Associação Latino-americana de Dança (ALAD) – transformou-se em Confederação, cada um de nossos organizadores comprometeu-se a fundar uma associação regional e destinar o 20% dos recursos produzidos nos eventos para desenvolvimento. Trata se de dirigir os concursos de forma empresarial, o que denominamos autogestão, principalmente em países onde não existe nenhum tipo de apoio.

Nós, a CIAD, fundamos todas as associações profissionais da Argentina, que se financiam em parte com os concursos, por exemplo, a de Mendoza, onde é sua principal fonte de ingressos são seus concursos.

Os concursos servem para congregar, superar-se, aprender e unir as pessoas da dança, e a partir de essa unidade, fundar associações e gerar todo um movimento paralelo em seu entorno, do contrario é simplesmente uma “cascara vazia”.

As Associações foram criadas, para entre outras coisas, trabalhar mancomunadamente com a CIAD e cumprir com os propósitos para o qual foi estabelecida.

Nossos movimentos nasceram de baixo para cima, mobilizando aos injustiçados, discriminados e a os que não tinham um lugar, que são a maioria; especialmente com a gente jovem as que não deram nem dão oportunidades, são as que estimulamos para que trabalhem gerando recursos para destinar ao desenvolvimento da dança. Quase todos nossos lideres hoje, integraram-se ao movimento antes dos trinta anos. Obviamente não quer dizer estar excluídas as outras idades, ao contrario, um ser humano que comparte, é um espírito aberto. Nossos estatutos priorizam o respeito a todas as ideologias políticas, credos religiosos, nacionalidades, preferências sexuais ou etnias.

No amplio espectro que significa a Rede da CIAD (a maior cultural da América), onde quase todas as regiões estão cobertas, haverá cidades com realidades significativamente diferentes, e onde os concursos que ali realizarem-se, mostrarão indefetivelmente essa realidade, cuja identidade devemos respeitar. Não é a mesma coisa realizar o concurso em uma capital, no marco de um teatro de ópera italiana, a uma isolada e pequena população, que não tem teatro e o realiza em um ginásio esportivo ou uma escola. Tem cidades turísticas onde seu governo apóia qualquer atividade que convoque gente (fluxo turístico) ou onde não haverá nenhum tipo de apoio. Mais o espírito deve ser o mesmo.

Já não apoiaremos a concursos que trabalham para si, onde existam prêmios em dinheiro, e também para o professor que mais alunos presente, onde notoriamente se persigam o lucro. Estes se iram abrindo pouco a pouco, e de fato alguns deles já não figuram em nosso circuito.

A CIAD conta com uma ampla gama de concursos com o aval da CIAD-Produções. Nos concursos o bailarino expressa no cenário sua arte, comparte sua paixão com o público que o admira e um jurado que evalua-lo.

Em poucas palavras: os concursos são integradores das pessoas da dança. Concurso não é competência de um contra o outro. Concurso é superação de um consigo mesmo, já que o jurado evalua sua dança.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
         
                 
                 
     


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